Pausa pra poesia
AGORA EU SOU MÃE
Agora
tem, minha vida, cores diferentes:
Desenhos
animados, canções de ninar,
Roupinhas
diminutas pra lavar e passar.
Sonhos
infindos se acumulam em minha mente
E o mais
lindo sorriso não tem dentes.
Dorme
sozinho meu marido, preterido,
Abandonado,
esquecido e não reclama;
Resignado,
aceita bem o ocorrido
E
guarda, com saudades, meu lugar na cama.
Minhas
vontades não me importam como antes,
Agora eu
como e tomo banho quando dá;
O pé
cascudo, as unhas curtas por fazer
E a
sobrancelha nunca para de crescer.
Em minha
vida mais sujeira e mais odor:
Golfadas,
fraldas, vômito, xixi e cocô.
Agora eu
descanso e durmo quando dá
E acordo
bem antes de o sono acabar.
De
sentinela, sempre atenta e ao dispor -
Cuidado,
zelo e amor são meu despertador.
Enfrento
a luta e me armo apenas com o que posso:
Termômetro
sempre acessível e a postos.
Noites
sem bar, sem bebedeira e sem baladas
Trocadas
por sono, berreiros e mamadas.
Agora
peito não é mais pra encher decote,
Virou
sinônimo de abrigo e alimento.
Ar
abatido, olheiras, sempre há quem note -
O que
hoje já não representa sofrimento.
Não faço
tudo, faço apenas o que dá
E paro
tudo quando é hora de mamar.
Programas
infantis, cantigas mal-cantadas,
Refeições
e idas ao banheiro adiadas.
Agora eu
não sou heroína nem guerreira
Sou o
que posso, sem dor ou ressentimento.
Minhas
horas se esgotam em coisas corriqueiras
E eu
vejo o tempo voar a cada momento.
Me ocupo
menos com o ontem e o amanhã.
Sou a
melhor versão de mim porque sou mãe.
Agora
tem, minha vida, cores diferentes:
Desenhos
animados, canções de ninar,
Roupinhas
diminutas pra lavar e passar.
Sonhos
infindos se acumulam em minha mente
E o mais
lindo sorriso não tem dentes.
Dorme
sozinho meu marido, preterido,
Abandonado,
esquecido e não reclama;
Resignado,
aceita bem o ocorrido
E
guarda, com saudades, meu lugar na cama.
Minhas
vontades não me importam como antes,
Agora eu
como e tomo banho quando dá;
O pé
cascudo, as unhas curtas por fazer
E a
sobrancelha nunca para de crescer.
Em minha
vida mais sujeira e mais odor:
Golfadas,
fraldas, vômito, xixi e cocô.
Agora eu
descanso e durmo quando dá
E acordo
bem antes de o sono acabar.
De
sentinela, sempre atenta e ao dispor -
Cuidado,
zelo e amor são meu despertador.
Enfrento
a luta e me armo apenas com o que posso:
Termômetro
sempre acessível e a postos.
Noites
sem bar, sem bebedeira e sem baladas
Trocadas
por sono, berreiros e mamadas.
Agora
peito não é mais pra encher decote,
Virou
sinônimo de abrigo e alimento.
Ar
abatido, olheiras, sempre há quem note -
O que
hoje já não representa sofrimento.
Não faço
tudo, faço apenas o que dá
E paro
tudo quando é hora de mamar.
Programas
infantis, cantigas mal-cantadas,
Refeições
e idas ao banheiro adiadas.
Agora eu
não sou heroína nem guerreira
Sou o
que posso, sem dor ou ressentimento.
Minhas
horas se esgotam em coisas corriqueiras
E eu
vejo o tempo voar a cada momento.
Me ocupo
menos com o ontem e o amanhã.
Sou a
melhor versão de mim porque sou mãe.
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