quarta-feira, 11 de maio de 2016

Para pensar antes de ser mãe: você escolheria ter filhos, ainda que fosse solteira?


Meninas, estou de volta. A cada vez que me ocorre uma questão assim urgente, sombria, pouco ou nada exposta e muito polêmica a respeito da maternidade, me dá a sensação de dever de vir aqui escrever, de alertá-las. Mas tenho tido preguiça, pouco tempo, pouca prioridade para o blog, enfim... Acho que porque muitas das questões já estão resolvidas para mim. Mas aí percebo que é egoísmo meu deixar que vocês descubram sozinhas, e que agir assim vai contra minha proposta inicial. Então vamos lá:

Essa é uma questão para antes de engravidar: ter filhos é SEU sonho? Você é capaz de levá-lo adiante caso venha a se separar de seu parceiro? Ou seu sonho é ter uma FAMÍLIA? Ou ter filhos é o sonho do seu PARCEIRO e você está embarcando nessa por amor a ele? Essa questão é crucial, e eu explico o porquê: se antes dos filhos você e eu e todo mundo sabemos que há sempre o risco, ainda que pequeno, da sua relação amorosa se acabar, tenha consciência que este risco dobra, triplica, se multiplica com uma gravidez e a chegada de um filho. Sim, poucos pais e mães passam por esta experiência revolucionária sem uma crise conjugal. Contornar a crise – ou aceitá-la – é uma possibilidade, mas não é todo mundo que está disposto a isso, e muitos(as), realmente, com toda a  razão. Acontece que, se de um lado há uma mãe sofrendo com as massivas e oscilantes descargas de hormônios que causam bruscas variações de humor, com ataques de fúria e ternura, crises inexplicáveis de choro, peso imensurável da responsabilidade de cuidar e alimentar um ser vivo que ela ama e por quem seria capaz de doar os dois rins, repentes instintivos, selvagens e incontroláveis de superproteção, privação extrema de sono (que nunca deve ser subestimada), dificuldade para lidar consigo mesma, com o corpo pós-parto, com as dores e dificuldades da amamentação, com a própria mudança de personalidade, ou seja, há uma mãe transbordando de amor e, por que não dizer?, dúvidas, confusão, pressão e sofrimento reais, do outro lado há um pai que não passou nem passa por todas as fases – que funcionam como um preparo gradual – da gravidez, nem por mudanças corporais, nem hormonais, nem tanta privação de sono, nem a responsabilidade de amamentar, nem a pressão de tias, sogras, vizinhas e afins e que está apenas deslumbrado com a novidade de ser pai – novidade esta que chegou para ele do dia para a noite, como um presente, sem dor, nem sacrifício  -  e que fica verdadeiramente ASSUSTADO E PERDIDO ante aquela entidade absolutamente neurótica, extremamente sensível, em diversos casos, grossa e impaciente, mal-cuidada e chorona que incorporou sua esposa. Além de tudo, ele se sente totalmente preterido e solitário, solidão que também acomete a esposa nas inúmeras e infindáveis noites de sono perdido ou mal-dormido, a embalar e alimentar a cria. Conversar? Dialogar? Olha, parece uma ótima ideia, porém impraticável. O primeiro ano muito provavelmente será de uma dura e dolorosa distância entre os cônjuges. Momentos raros de privacidade e intimidade terão como assunto principal as cólicas, os cocôs, as febres, os vômitos e as gracinhas do bebê.

Resumindo: o risco desta crise se estender, se intensificar e se tornar intolerável é bem grande. E aí, mãe? Você está preparada para ser uma mãe só, sem o apoio e a cooperação de um companheiro? Entenda que isso significa alguns anos de dedicação integral à apenas sua cria e renúncia praticamente total à sua pessoa. Academia, aulas de dança, inglês, guitarra, cineminha, cervejinha ou cafezinho com as amigas, baladas, livros, paz, sossego, manicure, pedicure, depilação, sair para namorar, enfim... tudo isso será muito difícil de praticar (já o é tendo a cooperação do companheiro). Algumas mães têm a sorte de ter tias, mães, avós muito participativas. Já outras não contam com esta rede de apoio. É bom lembrar que ser "mãe solteira" (não gosto do termo, mas o estou empregando aqui exatamente por toda a carga de preconceito e sexismo que ele carrega) é bem diferente de ser "pai solteiro". Não vou nem entrar nesse mérito. Há muito que se considerar aí, desde o papel da mãe e do pai na visão da sociedade, passando pelo papel que ambos se dispõem a exercer na criação dos filhos, até o próprio sistema, que não favorece e não incentiva uma participação mais envolvida e presente do pai, e isso desde o nascimento (vide as regras da licença paternidade). Até a licença maternidade já é bem insuficiente, mas é com isso que temos que trabalhar, não é?

Bem, amiga, se sua resposta for “não, não banco ser mãe sozinha, não quero correr esse risco, não tenho condições psicológicas para isso, não estou preparada” (não vou nem entrar na questão financeira, sugiro que você tome a precaução de considerá-la também, sem subestimá-la. Ela é bem relevante), repense sua decisão de ter filhos. Isso é muito sério e muito real. Agora, se sua resposta for: “sempre foi meu sonho ser mãe, minha vida só será completa depois que eu tiver filho(s)”, se jogue! Essa certeza basta para que você viva a maternidade com segurança e total entrega, como ela exige.

Confesso que me vi me questionando tudo isso umas semanas atrás, ou seja, tarde demais, e me bateu um desespero pelo risco que eu corri tão inadvertidamente... Minha resposta teria sido “não, não tenho condições, não estou ainda preparada” e eu me dei conta de que seria, sim, feliz pela felicidade inevitável que ser mãe confere. Mas seria também absolutamente miserável pela ausência de tempo para mim, porque eu não sei lidar com isso. Dividir as obrigações com meu marido, que é o melhor pai que minha filha poderia ter, absolutamente e irrestritamente participativo e envolvido, me dá segurança e tranquilidade de separar um tempo para ser eu mesma, não mãe da Sofia, mas Daniela, mulher, pessoa, ser com necessidades e desejos. E isso, para mim, é primordial para uma existência equilibrada.

Às mães que encaram a dura tarefa de criar filho(s) praticamente sozinhas, meu respeito e minha empatia. Se você conhece e se importa com alguma, seja um(a) amigo(a) de verdade e proporcione a esta mãe um momento para si. Fique com a(s) criança(s) para que ela possa se encontrar ao menos por algumas horas, se lembrar do que gosta de fazer só, seja fazer as unhas, ler um livro ou simplesmente descansar. Elas não abrem mão de tudo isso e muito mais por serem heroínas ou supermães. Elas o fazem porque são mães e não têm outra opção. E isso é ainda mais doloroso do que se este gesto fosse simplesmente uma inclinação admirável e poderosa de heroísmo, dedicação e abnegação por parte delas.


Desculpem a franqueza, a profundidade e o choque deste post tão tardio e tão corta-romance. Pouco se fala, mas você, eu, todas nós nunca ouvimos ou acompanhamos essa história antes? É ingênuo e arrogante pensar que “isto não vai acontecer comigo”. Não era o plano de ninguém com quem aconteceu. 

À todos os casais que contornam ou mesmo evitam (!!!) a crise, meus mais sinceros parabéns! Vocês são maduros, vocês são pés-no-chão, vocês são admiráveis!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Amor Incondicional o Caramba!

Ah, esse papo de amor incondicional! Vou colocá-lo naquela lista de termos/frases feitas, clichês, cafonice.

Não é incondicional coisa nenhuma! Você, que repete tanto a expressão, já parou para analisá-la?

Incondicional consta assim no dicionário = que não está sujeito a condições.

Muito bem, concluo que meu amor por meu marido, por exemplo, não é incondicional. Eu o amo por algumas qualidades específicas dele que me conquistaram. Se ele não fosse, em primeiro lugar, tão doce  e terno nos momentos mais propícios, tão companheiro nos momentos de luta, amigo leal, dançarino talentoso, amante envolvido e envolvente, atencioso, bom cozinheiro, etc e tal, talvez eu não o amasse. Antes que ele me demonstrasse quaisquer desses talentos, eu não o amava. E meu amor por ele está condicionado a estas características que me exercem fascínio e me despertam, por ele, interesse, paixão, tesão, admiração, amor. E assim é também com meus amigos.

Agora, o amor dito "incondicional" de mãe: minha filha não precisa fazer nada para que eu a ame. Não precisa demonstrar talento, doçura ou qualidades para se tornar digna de meu mais irrestrito e profundo amor. Ela o tem, já nasceu e morrerá possuidora dele. Mas isso se dá sob uma condição: a de que ela é minha filha e eu sou sua mãe. É esta a condição que rege o amor de mãe. É sob este prisma, também, que se estabelece meu amor pela minha mãe e pelo meu pai. 

Então, por favor, não fiquem repetindo esta história de "amor incondicional"! A condição é a de sermos mães - e por isso, capazes do amor mais profundo, verdadeiro, desinteressado, genuíno, puro e ilimitado que pode existir. 


Ps.: Reflexão inspirada pelo querido padrinho da Sofia, Nelson Bueno.


Nasce um bebê


Nasce um bebê. E com ele, nascem um pai e uma mãe. Uma (ou duas) avós, um (ou dois) avôs. Tias, tios, primos. E junto com tantos nascimentos, nasce uma porção de palpiteiros.

Quando nasce um bebê, nasce um bebê mamífero, que nada sabe sobre a "evolução" do ser humano. Ele, como outros mamíferos, sai do quentinho e do escurinho do útero e é jogado em nosso mundo sem nenhum preparo anterior. Já no parto, é brindado com procedimentos médicos necessários porém frios e chocantes, num ritual pavoroso de boas-vindas. Chora de susto, de medo, de desespero. Sofre dor física, assim como sofre com o choque do inesperado. E tudo que ele quer é o que conhece por experiência e sabe por instinto: sugar. Aconchego. Carinho. Colo. E onde ele encontra tudo isso? No seio materno. Não se trata unicamente de alimento. Peito é aconchego. É calor. É conforto. É paz. É amor. 

Mas a sociedade (os palpiteiros, que nasceram ali, junto com o nascimento do bebê) não aceita que o bebê fique pendurado no peito da mamãe. Sugerem problemas: "seu leite é fraco", " ele está com manha", "dê mamadeira para ele", "dê chupeta". Nosso mamiferozinho já nasce em desvantagem: ele é o mais incapaz e dependente da natureza. Outros, horas após o nascimento, já estão em pé, dando os primeiros passos ao lado da mãe. O nosso demorará por volta de um ano para concretizar este feito. E para piorar, a desvantagem se dobra, se triplica, sob as exigências da vida humana moderna: tem que ser independente. Tem que dormir a noite toda, sem acordar para mamar. Tem que parar de chorar. Tem que se acostumar a ficar sozinho no berço. Tem que pegar chupeta. Tem que dar sossego.

A racionalidade nos proporciona uma habilidade valiosa: nos colocarmos no lugar do outro. Será que a temos colocado em prática com nossos bebês?

Qual, entre os mamíferos, nega atenção, deixa chorar, deixa só no berço, dorme afastado do filhote, nega alimento na hora em que o filhote demanda, regula a mamada com horários estipulados, exige independência, sossego, paz, tranquilidade? Os humanos. Somente os humanos. Vejam que incoerência: somente os mamíferos procriadores do filhote mais indefeso.

E foi assim que eu ouvi, já na maternidade, que minha bebê estava com manha porque, assustada, chorava toda vez que era colocada no berço. Que meu leite era fraco porque ela queria mamar a cada 30 minutos. E depois, em casa, tantas vezes fui censurada por dormir com minha cria, dando peito quando ela solicita ( como toda mãe mamífera faz). Por dar colo a toda hora. Por atender quando ela chora, ou mesmo antes, quando faz carinha de choro. Por dar o peito quando ela pede, mesmo sabendo que ela acabou de mamar e está com a barriga cheia. Por acostumá-la a dormir no meu peito, mamando.
Dizem que vai ficar mal-acostumada. Mimada. Dependente. Manhosa. 

Reflito: o que nos está faltando? Humanidade? Não creio. O senso de humanidade tem nos tornado cada vez menos humanos.

O que nos falta é aceitarmos e seguirmos mais nossos instintos animais. Sermos menos gente, mais bicho. Entrarmos em contanto com nosso lado mamífero. Olharmos nossas crias com olhos selvagens. O mundo como ele se apresenta para nós está aí e não vai mudar. Ele pode esperar para que nossos filhotes estejam prontos para encará-lo. Antes disso, não pulemos etapas. Preparemos nossos bebês para enfrentarem a cruel obrigação de se transformarem, de mamiferos, em humanos. Facilitemos a transição com carinho, com paciência, com compreensão e com amor.

Ps.: Esta postagem é uma tentativa de exorcismo. Porque a cada censura, crítica e palpite, eu, como (acredito) qualquer outra mãe, me abalo e questiono minhas decisões. A verdade é que, no fim, não teremos sido perfeitas, assim como também não o foram aqueles que nos incriminam. Então a questão é: seguir a opinião alheia e levar a dúvida eterna se a minha escolha não teria sido mais acertada; ou seguir meus próprios instintos e ficar em paz com minha consciência de mãe. Fico com a segunda opção.
Deixo este post aqui, como um lembrete de minha decisão.





quarta-feira, 30 de abril de 2014

Sobre escatologia


Sim, vamos falar sobre xixi, cocô, puns e vômito. Até porque, depois que seu bebê nascer, este será um tema recorrente no seu dia a dia. Particularidades como cor, cheiro, consistência e quantidade de cocô serão comentadas entre você e o pai da criança com toda a naturalidade, na mesa de jantar. Cada pum que seu bebê soltar, desacompanhado de dor, cólicas e choradeira desesperada será motivo de festejo.  Portanto já é bom ir se acostumando.

Porém meu relato começa bem antes do nascimento, na gravidez. Provavelmente são detalhes não compartilhados em geral com outras pessoas ou mesmo com o pai do bebê, portanto poderá representar surpresa para muitos. 

Começo com xixi. Ele será presença constante em sua vida, principalmente nos 3 primeiros e 3 últimos meses. A ponto de você já se levantar da privada com vontade. Este desconforto inicial se deve à ação dos hormônios e no final da gravidez, acontece devido à pressão da cabeça do bebê contra sua bexiga. São 5, 6 xixis madrugada adentro, mas não pense que eles interromperão seu sono, não se preocupe: você não estará mais dormindo a essas alturas.

E por falar em pressão da cabeça do bebê, faça um experimento: pegue um saco plástico de feira. Corte um bico no fundo como se faz para confeitar bolo. Agora enfie uma bola de tênis no saco, próximo ao furo que vc fez. Sobre a bola, jogue chantili, brigadeiro, mingau ou ainda uma comida mais sólida. Feche o saco, eliminando o ar. Agora esprema de forma que o conteúdo do saco ultrapasse a bola de tênis e saia através do orifício que você abriu. Nao deixe a bola se deslocar, ela deve permanecer rente ao furo. Difícil, né? Pois é isso que acontece a partir do 6° ou 7° mês, quando você tenta (digo "tenta" e não "faz" porque algumas vezes você vai desistir e deixar pra mais tarde) fazer cocô. A bola é a cabeça do bebê, o chantili é o seu cocô e o orifício é, claro, o seu cu. Saiba que algumas vezes, quando você encarar a missão e enfrentá-la até o fim, acontecerá (com muito mais freqüência do que você imagina) de você se machucar e ver sair, junto com o chantili, um pouco ou bastante sangue. O orifício ficará dolorido o dia todo e quando estiver quase melhorando você já terá fabricado mais chantili estabelecendo, assim, um ritual masoquista constante. Mais uma vez alerto: cuidado com as comilanças. Quanto menos comida, menos chantili. Considere todo este esforço como um treinamento para o parto normal.
Quando comentei o ocorrido com meu médico, ele usou o termo "sangramento hemorroidário" ou algo neste gênero (minha memória não anda nada confiável e estas falhas são assunto para outro post), disse que são comuns e depois passam, mas pra eu ficar de olho. Pesquisando o tema no google, achei também o termo "botão hemorroidário" e muitas matérias associando gravidez com hemorróidas.  Agora sejam sinceras: vocês já ouviram falar sobre os desejos, os enjôos, o ganho de peso, os chutes, mas alguma mãe foi solidária o suficientes para compartilhar sua história sobre hemorróida gravídica ou botão hemorroidário? Não! Elas têm um complô! Querem ver todo mundo se rasgar e virar do avesso para cagar, assim elas se sentem vingadas e sentem a própria dignidade resgatada. Felizmente, no meu caso, não estourou hemorróida mas já ouvi relatos de uma mãe que, nas 3 gestações que teve, sofreu grandemente com hemorróidas a ponto das mesmas ficarem expostas, penduradas entre suas pernas. Imagina como se senta uma criatura neste estado. Como dorme, se no final da gravidez a única posição razoável para dormir é sentada? Sinceramente, ter 3 gestações nestas condições é sobre-humano.

Mais uma coisa que duvido que alguma mãe tenha lhe contado: você vai ter muitos gases. Muitos mesmo. Qualquer inocente arroz branco com alface terá o efeito de uma buchada de boi. E haverá vários (praticamente todos) momentos em que você não conseguirá conter a expulsão dos gases. Um movimento em falso, mais brusco ou inesperado e prrrr. Lá se foi. E mal-cheirosos! Não importa o que você coma. Isso infelizmente poderá acompanhá-la a gravidez inteira, intensificando-se em um ou outro período.

Quanto aos vômitos - vômito de grávida tem toda uma particularidade: ele enche o saco para vir, com muito enjôo e  mal-estar, mas ao dar descarga (se a grávida teve o prazer e a dignidade de conseguir chegar até uma privada para o descarrego) a grávida já estará planejando o que comer, com água na boca. É um vômito desejado e que representa alívio.

Eu poderia até me estender no capítulo das escatologias, mas é hora do almoço.

Boa sorte e até um outro post (certamente demorará bastante pois minha bebê não tem me permitido fazer praticamente nenhuma atividade sem que ela esteja devidamente pendurada no meu colo e/ou teta)!

sexta-feira, 14 de março de 2014


Pausa pra poesia


AGORA EU SOU MÃE

Agora tem, minha vida, cores diferentes:
Desenhos animados, canções de ninar,
Roupinhas diminutas pra lavar e passar.
Sonhos infindos se acumulam em minha mente
E o mais lindo sorriso não tem dentes.
Dorme sozinho meu marido, preterido,
Abandonado, esquecido e não reclama;
Resignado, aceita bem o ocorrido
E guarda, com saudades, meu lugar na cama.
Minhas vontades não me importam como antes,
Agora eu como e tomo banho quando dá;
O pé cascudo, as unhas curtas por fazer
E a sobrancelha nunca para de crescer.
Em minha vida mais sujeira e mais odor:
Golfadas, fraldas, vômito, xixi e cocô.
Agora eu descanso e durmo quando dá
E acordo bem antes de o sono acabar.
De sentinela, sempre atenta e ao dispor -
Cuidado, zelo e amor são meu despertador.
Enfrento a luta e me armo apenas com o que posso:
Termômetro sempre acessível e a postos.
Noites sem bar, sem bebedeira e sem baladas
Trocadas por sono, berreiros e mamadas.
Agora peito não é mais pra encher decote,
Virou sinônimo de abrigo e alimento.
Ar abatido, olheiras, sempre há quem note -
O que hoje já não representa sofrimento.
Não faço tudo, faço apenas o que dá
E paro tudo quando é hora de mamar.
Programas infantis, cantigas mal-cantadas,
Refeições e idas ao banheiro adiadas.
Agora eu não sou heroína nem guerreira
Sou o que posso, sem dor ou ressentimento.
Minhas horas se esgotam em coisas corriqueiras
E eu vejo o tempo voar a cada momento.
Me ocupo menos com o ontem e o amanhã.

Sou a melhor versão de mim porque sou mãe.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Sobre a cesárea


Este é um tópico sobre o qual eu havia decidido escrever somente quando pudesse me considerar 100% recuperada, mas como este momento nunca se apresenta, decidi não esperar mais. Já ouvi falar de mulheres que ainda sentem sequelas da cesárea anos após terem passado por uma, por isso desisti da minha ideia original. Será um tópico extenso pois quero relatar cada detalhe que pude vivenciar do tão romantizado procedimento da cesárea.

Se você está optando por uma cesárea porque não quer sentir dor, repense. Você vai ser mãe, não há forma de concretizar isto sem passar por dor. Não se iluda. Eu entendo que você está apavorada com a ideia de expelir uma melancia por um orifício onde só cabe uma banana, mas a natureza é sábia. Claro que a cesárea está aí para facilitar e salvar vidas, mas a forma como ela é praticada no Brasil é abusiva.  Soma-se falta de informação (ou informação distorcida) com ignorância e um sistema de saúde falho e o que temos: 50% (chegando a 90% na rede privada) dos partos feitos no Brasil por cesárea. Quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é 15%. A discrepância é gritante!

Pior: em muitos dos casos essas cesáreas são realizadas com data marcada. Ora, o bebê fica agora sujeito à vontade do médico e da mãe, e os hormônios que ele sabiamente secreta no momento em que seu organismo está completamente pronto e preparado para o nascimento e que ocasionam o rompimento da bolsa, as contrações, enfim, o início do trabalho de parto são categoricamente desprezados e subestimados. E o bebê, que poderia nascer a qualquer momento entre mais ou menos a 36ª e a 42ª semanas é obrigado a seguir a conveniente agenda do doutor e da apressada e apavorada mãe. Pensem bem: é um intervalo de 6 semanas! Como saber exatamente em que ponto, neste intervalo, o bebê está completamente desenvolvido para o nascimento?  Sugiro que pesquisem um pouco sobre a cesárea eletiva e suas possíveis consequências. 

Muito bem, você vai concluir que eu sou contra a cesárea. Mas não é bem assim. Tanto é que me submeti a uma. Eu sou contra a forma como ela é praticada no Brasil e a ilusão vendida que a cesárea “previne a dor, é prática, é rapidinho, pra quê esperar o bebê dar sinal?, em 15 minutinhos você terá o bebê no seu colo, só faço se for cesárea” entre outras coisas proferidas por nossos obstetras, que ouvimos por relatos de mães impressionáveis e desinformadas. Informação é sua arma, você tem meses e meses para se informar e fazer uma escolha consciente. Não se deixe levar pelas conversas de médicos inescrupulosos nem daquela vizinha que “fez faxina na casa toda 5 dias depois da cesárea”. Cesárea não é uma picadinha de injeção, não é um procedimento rapidinho, com baixo risco e indolor. É uma cirurgia de grande porte, com riscos de complicações como infecção e recuperação lenta e dolorosa. E não se esqueça que você estará cuidando de um bebê que acorda (ou simplesmente não dorme) várias vezes à noite para mamar, faz cocô toda hora, se suja e exige inúmeros banhos e trocas de fraldas todos os dias, pede colo e mamá a cada 15 minutos e chora de cólica por 3 horas sem parar. E tudo que a recuperação da cesárea pede é que você se deite, descanse, não fique muito tempo em pé, durma 20 horas por dia...

Relato minha experiência, que não foi das melhores. Sei que muitas mulheres discordarão e argumentarão que a cesárea foi super tranquila no caso delas. Muito bem, então criem seu próprio blog, este aqui é meu e a minha experiência foi bem desagradável.

Desde o começo da gravidez eu desejei um parto normal. Me informei a respeito e tomei minha decisão consciente que o momento do parto é inesperado e aquilo que planejamos pode sofrer uma reviravolta e portanto sempre encarei a possibilidade de uma cesárea se tornar necessária sem dramas nem radicalismo. Afinal, eu também havia planejado que seria uma grávida ativa e magra, plano que foi por água abaixo depois de uma primeira gravidez com aborto e uma intervenção cirúrgica chamada cerclagem para assegurar que a segunda gravidez chegaria com segurança até o fim, e por consequência, um repouso forçado que fez de mim uma grávida sedentária e gorda. Àquela altura, eu já não estava em posição de impor ou exigir nada. Mas minha opção número 1 era parto normal. Queria estar bem para cuidar de minha filha com disposição. Sabia que enfrentaria a dor mas as informações que eu havia buscado me esclareceram que cesárea também causa dor, só que esta dor é menos aguda e mais duradoura, ao contrário do parto normal que nos brinda com uma dor lancinante porém breve.

Uma coisa eu tinha em mente: fosse por parto normal ou cesárea, quem decidiria a hora de nascer seria minha filha.

E assim ao dar entrada com a bolsa rompida na maternidade, liguei para meu obstetra dr. Jaime Filho, que ao chegar e me examinar, constatou (como já havia constatado no exame da consulta semanal à qual eu havia ido naquele mesmo dia, pela manhã) que meu colo do útero ainda não estava, como eles dizem, “apagado”, ou seja, amolecido e pronto para o parto. Eu apresentava dilatação de 4 cm, o que não era ruim para um início de parto. Baseado nisso tudo, ele me prescreveu soro com ocitocina, um hormônio que induz e acelera o parto (e também aumenta consideravelmente a dor e a frequência das contrações) e eu fui encaminhada para a enfermaria, onde ficaria até a hora do parto. Lá fiquei sentindo contrações de 5 em 5 minutos, depois de 4 em 4, depois de 3 em 3. A dor é realmente muito intensa, a impressão é que seu ventre inteiro está sendo totalmente rasgado e dilacerado. A cada contração eu pensava “PQP, será que eu não vou aguentar? Será que não vou conseguir parir naturalmente? Será que daqui a pouco estarei implorando para o doutor me abrir?”, mas tentava me manter firme. Porém, após 5 horas o doutor concluiu que o colo do meu útero e a dilatação não haviam apresentado nenhuma evolução e decidiu que eu não deveria mais sofrer, que partíssemos para a cesárea. Eu fiquei triste porque não seria do jeito que eu havia desejado, mas feliz porque a dor alucinante teria fim. Tive que esperar por mais 1 hora com desesperadoras e frustrantes dores, já que agora eu sabia que elas não levariam a nada, até que a sala de cirurgia fosse liberada.

Agora vem minha descrição do que é a cesárea: você receberá a picada na coluna da anestesia raqui. Não dói praticamente nada e a anestesia pega no mesmo instante. Antes que você se assegure que ela realmente está funcionando, o doutor já está espalhando o que acredito, pois não vi, ser iodo em toda sua barriga, área genital e coxas. Apesar da anestesia já quase 100% ativa, eu podia sentir o incômodo arranhar na minha área genital, onde o doutor espalhava a substância com a delicadeza e a ternura de um estivador e pensava que certamente nenhum clitóris havia sido tocado tão friamente nem pelo mais inexperiente dos amantes. “Espero que o doutor seja mais jeitoso com a namorada” pensava eu, tentando me distrair para ignorar o desagradável procedimento.

Tudo pronto, um lençol cobria minha visão do peito para baixo e eu observava a sala cheia de equipamentos conectados a mim e de profissionais, alguns muito gentis pegavam minha mão, me explicavam os procedimentos e me desejavam um bom parto com olhar carinhoso. Infelizmente eu nunca os reconhecerei se os vir na rua pois todos usavam máscara.

Chamaram meu marido e então o doutor iniciou a cirurgia. Eu sentia empurrões e puxões no meu abdomen, trancos fortes e secos. Após uns 10 ou 15 minutos de trancos, o doutor disse: “Vai nascer, Dani!”, ao que eu respondi abrindo o berreiro. “Quer ver, Fernando?” perguntou o doutor ao meu marido, que se levantou e viu o que me descreveu depois: uma doutora empurrava fortemente minha barriga a partir do estômago com o braço enquanto o doutor buscava pelo buraco alcançar a Sofia pela cabeça. Ouvi o choro da bebê mas não pude vê-la por causa do lençol. Eu chorava e perguntava para meu marido: “Como ela é? Tadinha...” lamentando seu choro ardido de bebê desesperado. O Fernando respondia, com a habilidade típica dos homens para fazer descrições: “É normal” e me relatava tudo o que estavam fazendo com ela:  “Estão limpando... estão pesando...”. Agora pausa para o momento mais emocionante da minha vida: após alguns poucos minutos, me trouxeram até o alcance da visão a minha bebê toda enrolada num lençol e vestindo uma touquinha. Ela chorava desconsoladamente, assim como eu; passei o polegar levemente em sua bochecha e a vi imediatamente parar de chorar e abrir uma boquinha fofinha de bocejo. Era linda minha menina, perfeita, pequenininha, chorona, beiçudinha, olhos escuros muito abertos e vivos...

Pronto, o encanto e a magia se acabaram - a bebê foi retirada. Mais trancos, pressões, estalos no meu corpo. Parecia que o doutor sovava violentamente massa de pão e grampeava ou carimbava com fúria enormes pastas com documentos de uma repartição pública dentro da minha barriga. Toda a sensação é de movimentos violentos e secos. Isso durou uns infinitos 20 minutos, meu marido também já havia sido retirado da sala  e eu ansiava pelo momento de ter minha bebê nos braços para dar de mamar... Após eu ser finalmente encaminhada para o quarto, demorou ainda mais ou menos uma hora até que ela viesse, faminta, tomar seu primeiro mamá. O Fernando me esclareceu que ela havia ficado na incubadora para aquecer durante aquele meio tempo.

O que acontece na maternidade e a forma como você é tratada pelas enfermeiras são assunto para outro post. Me concentrarei aqui na cesárea.

Toma-se uma combinação de anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos durante mais ou menos uma semana. A região fica inchada, muito dolorida e você não consegue fazer movimentos rápidos. Ficar muito tempo em pé, se levantar da cama, se sentar numa poltrona, nenhum movimento acontece sem grande dor e dificuldade. Se você já ouviu dizer que não deve falar após a cesárea pois pode ter gases, leve a sério. Eu não levei e o resultado foi a sensação que eu ainda estava grávida, que eram gêmeos e que o doutor havia deixado meu outro bebê dentro da minha barriga. Eu nem me lembrei da recomendação para não falar e tagarelei como uma matraca com minha mãe, que era minha acompanhante na enfermaria e estava empolgadíssima com a nova netinha. Meu bebê formado por gases se mexia e era tão grande quanto, senão maior que a Sofia. Esta sensação demorou dias para passar, às custas de muitos arrotos e incontáveis puns, que parece que se renovavam a cada dia. A sorte é que eram bastante inodoros. Também sofri uma forte queda de pressão logo após o banho, que me fez perder as forças, ver tudo escuro e sofrer ânsia de vômito e me obrigou a me deitar na cama ao lado da minha, que por sorte estava ainda desocupada. A queda de pressão é aparentemente comum pois ao relatar meus sintomas à enfermeira que veio me dar bronca por me ver deitada na cama que não era minha, ela comentou: ”Ah, deu queda de pressão, né...”

Após 3 ou 4 dias em casa, a região não parava de doer e inchar mais e mais, enquanto eu me sentia cada dia mais indisposta, pesada, exausta e doente.  Após uma consulta, o doutor não identificou nenhuma infecção e mandou que eu fosse para casa, repousasse e aplicasse gelo. Após 2 dias de gelo, eis que o inchaço se explica: um forte sangramento se inicia num pequeno ponto do corte da cesárea. Percebe-se que o fluxo de sangue é grande mas que a passagem é muito estreita, espremidinha numa área do corte que se abriu para permitir a passagem do sangue. Ao redor do corte vê-se muito sangue acumulado, tentando se esvair. No pronto socorro, me explicam que um vaso havia se rompido na área, coisa que pode ocorrer, e me fazem uma drenagem – a sangue frio a doutora expulsa o líquido começando pelas virilhas e o empurrando pelo pequeno orifício aberto do corte. Procedimento bastante doloroso, mas ao final um grande alívio se instala; o inchaço cessa e me sinto bem mais leve e disposta.

O sangramento perdura por uma semana, o doutor me prescreve um antibiótico mais forte já que a ferida está aberta; isto me causa diarreia por 5 dias. Novamente no pronto socorro, o médico se espanta com minha palidez. Sou diagnosticada com goastroenterite e anemia.

Os remédios que me são prescritos causam fortes cólicas na Sofia, mas eu preciso tratar a infecção intestinal e a anemia. Muito bem, uma semana se passa desde o fim do sangramento, paro de tomar os remédios e quando penso que tudo está se encaixando, eis que novo sangramento se inicia, desta vez menos composto por sangue e mais por um líquido aquoso. Este vazamento perdura por mais 8 dias. Quando finalmente termina, já se passou um mês e eu ainda me sinto recém-operada, com dores, fraqueza, indisposição galopante e sono acumulado. Que saudade do meu plano número 1! Que desgosto por ele não ter dado certo!

Estas complicações pós-cesárea não necessariamente acontecerão com você. Mas a dor do pós-operatório, sim, agravada pelo peso do bebê repetidamente apoiado sobre sua cirurgia enquanto você amamenta e pelos chutes que o bebê desfere bem na área operada enquanto você tenta trocá-lo em meio a seus gritos de dor e tentativas de controlar suas perninhas alucinadas.

Sinceramente: eu ainda prefiro o parto normal e se algum dia acontecer de eu engravidar de novo, ele será minha opção número 1 novamente. Só assim poderei fazer um post relatando exatamente como é um parto normal.

Seja qual for sua escolha, faça-a com consciência e entenda que para alcançar o paraíso de ser mãe, é necessário antes enfrentar a provação da gravidez e do parto, seja ele normal ou cesárea.  Nenhum dos dois é prazeroso.

Boa sorte!

Ps: Agradecimento especial ao Dr. Jaime Filho, que me proporcionou e proporciona acompanhamento mega cuidadoso. Mesmo com as adversidades, eu sabia que estava em excelentes mãos e confiei 100% nele e em suas decisões. Isto é fundamental: que haja confiança total no profissional com quem você mãe esteja fazendo seu pré-natal e que vá realizar seu parto.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014


Sobre conselhos, sugestões, palpites e pitacos


Aqui vai uma lista das recomendações que você irá ouvir - algumas bem razoáveis, outras totalmente disparatadas. Esteja preparada, você ouvirá muitas delas, algumas mais de uma vez, de amigos, mãe, sogra, vizinhos, parentes, colegas e até de pessoas estranhas que você nem conhece mas que te abordam só pra te perturbar com alguma insensatez. Elas serão motivos de brigas familiares, boatos, fofocas e maldizeres. Cada pessoa tem sua forma de reagir; algumas ignoram, outras acham graça, outras partem para a ignorância. Algo me diz que você, grávida ou mamãe recente, partirá para a ignorância. Eu parti. Mas calma. O melhor é já ir preparando o psicológico para simplesmente não dar atenção praquilo que vai contra seus princípios e tentar se lembrar que todas essas pessoas - por menos que pareça - possuem a melhor das intenções.


Boa sorte!

- Durma bastante agora porque depois que o bebê nascer...
- Sua vida vai mudar.
- Barriga redonda é menina.
- Barriga pontuda é menino.
- Você vai adorar menino; é muito melhor que menina.

- Você vai adorar menina; é muito melhor que menino.
- Esfregue o bico do peito com bucha vegetal todos os dias no banho para calejar.

- Tenha logo mais um porque quem tem um não tem nenhum.
- Beba cerveja preta para dar mais leite.
- Coma canjica para dar mais leite.
- Seu leite é fraco.
- Seu leite é pouco.
- Dê leite artificial pro seu bebê ganhar peso.
- Dê leite artificial só à noite antes de dormir para que ele durma a noite toda.
- Dê leite com engrossante só à noite antes de dormir para que ele durma a noite toda.
- Pra que dar de mamar por tanto tempo? 
- Dê de mamar o máximo de tempo que você puder.
- Deixe chorar.
- Não dê vacinas.
- Não acostume no colo.
- Não balance o bebê para fazer dormir.
- Jogue as fraldas sujas de xixi no telhado para tirar o amarelo do bebê.
- Ponha uma moeda no umbigo do bebê para que ele caia mais rápido.
- Ponha algo branco na testa do bebê para ele parar de soluçar.
- Não deixe o bebê arrotar no peito; empedra o leite.

- Não deixe o bebê arrotar no peito; dá câncer.
- Não deixe o bebê tomar friagem.
- Ponha um paninho com álcool na testa do bebê se ele tiver febre.
- Não acorde o bebê.
- Acorde o bebê para mamar a cada 3 horas.
- Não deixe ele chupar o dedo.
- Deixe ele chupar o dedo. É melhor que chupeta.
- Dê chupeta. É melhor que o dedo.
- Dê chupeta. É uma mãe.
- Não dê chupeta.
- Coloque pimenta na chupeta para ele largar.
- Não coma pimenta. Dá cólica no bebê.
- Ponha um agasalho no bebê.
- Não tome água gelada; dá cólica no bebê.
- Ponha o bebê para dormir de bruços.
- Ponha o bebê para dormir de lado.
- Ponha o bebê para dormir de barriga para cima.
- Não ponha o bebê para dormir de bruços.

- Não ponha o bebê pra dormir de barriga para cima.
- Não dê banho no bebê depois da mamada.

- Amarre o corpo do bebê com um paninho até os 6 meses.
- Não amarre o bebê, deixe as pernas e os bracinhos dele livres para ele poder se mexer.
- Faça o bebê arrotar.
- Dê ______________ (nome de algum remédio).
- Agasalhe a barriga do bebê para não dar cólica.

- Sempre ponha meias nos pés do bebê, mesmo que esteja calor.
- Para desempedrar os peitos, faça compressa de água quente.
- Para desempedrar os peitos, faça compressa de água fria.

- Ordenhe com a bombinha. É mais fácil.
- Ordenhe manualmente. É mais fácil.

- Ponha protetor de berço.
- Não ponha protetor de berço.
- Ponha para dormir no  bebê-conforto.
- Não ponha para dormir no bebê-conforto.
- Dê chá.
- Dê água.
- Dê papinha logo! Pra que esperar 6 meses?

- Dê só leite materno; mais nada até os 6 meses.
- Dê só um pedacinho pra ver o que ele faz.
- Dê um pouquinho para ele, ele está com vontade. 
- Não ponha para dormir com você e o pai na cama.
- Não deixe o bebê dormir sozinho no próprio quarto.
- Acostume o bebê
 desde pequeno a dormir sozinho no próprio quarto.
- Pingue leite materno no ouvido do bebê.



Ps: Caso você conheça algum palpite que não esteja listado aqui, por favor acrescente-o nos comentários. Obrigada.